Deputada Mirian solicita debate sobre motivos e consequências do consumo abusivo de bebidas alcoólicas

A Assembleia Legislativa realizou na tarde desta segunda-feira, 26, no Plenário 13 de Maio, o seminário Consumo Abusivo de Álcool: Causas e Consequências, pela Comissão de Seguridade Social e Saúde da Casa e a Comissão Especial – Bebidas Alcoólicas Conferências Estaduais para abordar o uso abusivo de bebidas alcoólicas na população nacional, os motivos e consequências de seu crescimento. O debate veio com a finalidade de formular propostas para controle do problema, em conjunto com a Comissão Especial de Bebidas Alcoólicas da Câmara Federal.
Para a deputada Mirian Sobreira (PSB), autora do requerimento que deu origem ao evento, debater o consumo de bebidas alcoólicas é tão ou mais importante que tratar das drogas ilícitas. Segundo a parlamentar, o álcool tem quatro vezes mais consequências negativas e é uma porta de entrada para as demais drogas.
O vice-presidente da Comissão Especial da Câmara, deputado federal Jesus Rodrigues (PT-PI), registrou que o objetivo da formação da Comissão é que a bebida passe a ocupar na sociedade o mesmo papel que hoje ocupa o cigarro. De acordo com o parlamentar, antes o cigarro era considerado um “charme ou algo bonito”, e hoje assume seu devido lugar na importância de seu combate para a população.
Segundo o relator da Comissão Especial, deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP), o parlamento brasileiro precisava tomar a iniciativa de montar um banco de dados, “capaz de olhar para frente na construção de políticas públicas adequadas para este problema”.
O deputado federal João Ananias (PCdoB-CE), membro da Comissão Especial, disse que este é um problema de saúde pública que precisa de controle, pois os óbitos de jovens por causa do consumo de álcool se tornaram uma epidemia.
Ele citou uma pesquisa do Governo Federal feita em cinco capitais, cujo resultado mostrou que, somente em Brasília, 77% dos óbitos estão relacionados ao uso do álcool. “E as empresas de publicidade de bebidas disseram que não existe relação entre a propaganda e os óbitos. Eu me senti insultado. Entre a propaganda e o óbito não tem, mas o consumo e o óbito estão absolutamente relacionados. E a propaganda gera o consumo”, afirmou.
Durante a audiência, ministraram palestras sobre o assunto em questão o cirurgião vascular do Instituto José Frota (IJF), Lineu Jucá; o psicólogo, especialista em dependência química e coordenador do Instituto Volta Vida, Osmar Diógenes Parente, e o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, José Maria Pontes. O Coordenador Estadual do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), coronel professor Francisco Austregésilo, e o deputado federal Pastor Eurico (PSB-PE) também se pronunciaram sobre o assunto. 
Fonte:site iguatu.org

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