Conselheiros defendem que CNJ investigue juízes

Conselheiro Jorge Hélio é cearense.
“Seis dos 15 integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) defenderam no domingo as atribuições da instituição de investigar irregularidades cometidas por juízes em qualquer instância da magistratura, mesmo antes da conclusão dos processos nas corregedorias de cada tribunal. Para eles, o conselho surgiu para corrigir deficiências das corregedorias e não apenas para chancelar investigações locais. As declarações dos conselheiros reforçam a posição da corregedora-geral, Eliana Calmon, no embate com o presidente da instituição, Cezar Peluso.
“É notório que uma das principais razões para a criação do CNJ foi o histórico déficit da atuação das corregedorias dos tribunais. Elas, porém, não devem ser extintas, mas fortalecidas. Não se iniciariam as mudanças desejadas no poder Judiciário sem as firmes e necessárias decisões tomadas no CNJ. O único ‘dono’ do CNJ é a sociedade brasileira. As pessoas passam”, escreveram os conselheiros em artigo publicado na edição de ontem da “Folha de S. Paulo”. O texto foi assinado por Marcelo Nobre, Bruno Dantas, Wellington Saraiva, Gilberto Valente Martins, Jorge Hélio Chaves e Jefferson Kravchychyn.
Os conselheiros são os representantes da Câmara, do Senado, dos Ministérios Públicos estaduais e federal e também da Ordem dos Advogados do Brasil. O grupo preparou o texto para desfazer o mal-entendido provocado pela nota do conselho contra as declarações da ministra Eliana Calmon para quem o Judiciário estaria sofrendo com a infiltração de “bandidos de toga”.
(O Globo)

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